Policial civil que matou quatro colegas em delegacia recebe laudo de insanidade mental e não vai responder pelo crime

dez 2, 2024 - 16:10
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Policial civil que matou quatro colegas em delegacia recebe laudo de insanidade mental e não vai responder pelo crime
Reprodução

O policial civil Antônio Alves Dourado, responsável pela morte de quatro colegas em uma delegacia de Camocim, no litoral do Ceará, não será julgado pela tentativa de homicídio de um companheiro de cela, ocorrida em julho de 2023. A decisão judicial foi baseada em um laudo pericial que constatou a insanidade mental do acusado.

Diagnóstico de transtorno mental

De acordo com o laudo do Núcleo de Psiquiatria da Perícia Forense, Antônio apresenta um quadro de Transtorno Esquizoafetivo , uma condição psiquiátrica que compromete completamente a capacidade de compreensão e autodeterminação. O diagnóstico foi decisivo para o Tribunal considerar a inimputabilidade do réu, conforme previsto na legislação brasileira.

A solícita defesa a transferência imediata de Antônio para uma unidade hospitalar especializada, alegando que a Penitenciária Industrial Regional de Sobral, onde ele está detido, não possui estrutura adequada para atender às necessidades decorrentes de seu quadro de saúde mental.

O caso em Camocim

O crime que chocou o estado ocorreu em maio de 2023, quando Antônio, de folga, invadiu a Delegacia Regional de Camocim durante a madrugada e abriu fogo contra seus colegas. Quatro policiais civis foram mortos:

  • Antônio José Rodrigues Miranda
  • Antônio Cláudio dos Santos
  • Francisco dos Santos Pereira
  • Gabriel de Souza Ferreira

Três das vítimas morreram dentro da delegacia, enquanto na quarta foi assassinada do lado de fora. Após os homicídios, Antônio fugiu em um carro da polícia, mas acabou sendo entregue no quartel da Polícia Militar da cidade.