Uma discussão de trânsito em Taguatinga Sul, no Distrito Federal, terminou em agressão física cometida por um sargento da Polícia Militar (PMDF) contra uma mulher, no dia 20 de maio. A cena foi registrada por câmeras de segurança de um prédio e gerou forte comoção. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do DF (PCDF) e pela Corregedoria da PMDF.
A vítima é Karla Cristina, psicopedagoga, que registrou boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria. Ela relatou ter sido arrastada pelo carro do policial e agredida com chutes, empurrões, tapas e uma rasteira, após tentar anotar a placa do veículo do sargento, identificado como Antônio Haroldo Camelo da Silva, de 56 anos.
As imagens de segurança mostram o momento em que Antônio estaciona seu carro na entrada de uma garagem. Karla, ao perceber a situação, para o próprio veículo à frente e atravessa a rua, iniciando uma discussão com o militar.
Durante o bate-boca, Karla chega a bater no vidro traseiro do carro do sargento. Em seguida, com o celular em mãos, tenta registrar a placa do automóvel. O militar entra no carro e, mesmo com a vítima à frente, acelera, a arrastando. Em seguida, ele desce do carro e inicia as agressões físicas, que incluem rasteiras e tapas, fazendo a mulher cair no chão. Moradores e funcionários do prédio intervieram para conter a situação.
Karla passou por exame de corpo de delito, que constatou escoriações no cotovelo, lesões na região cervical e mamária, além de manchas na coxa esquerda. Desde o dia da agressão, ela está afastada do trabalho e faz uso de medicamentos para tratar os ferimentos.
Em depoimento, o sargento alegou que estava nervoso e não se lembrava da agressão. À TV Globo, afirmou que a mulher estava impedindo sua entrada na garagem e que seu carro sofreu danos. Apesar da justificativa, as imagens contradizem parte da versão apresentada.
Em nota oficial, a PMDF informou que o sargento foi afastado das atividades operacionais e teve o porte de arma suspenso. A corporação afirmou ainda que repudia qualquer tipo de violência, especialmente contra mulheres, e que o caso será rigorosamente apurado pela Corregedoria.
“O caso está sendo tratado com a devida seriedade e será conduzido com absoluto respeito às garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa”, diz a nota.
Desde 2024, todos os policiais militares do Distrito Federal estão passando por capacitação sobre proteção integral e respeito às mulheres.
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