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“Psiquiatra fajuta” é condenada a devolver mais de R$ 3 milhões ao sistema de saúde

09/06/2025 21h14
Por: Eduardo Neres
“Psiquiatra fajuta” é condenada a devolver mais de R$ 3 milhões ao sistema de saúde

Zholia Alemi, de 63 anos, conhecida como a “psiquiatra fajuta” no Reino Unido, foi condenada a devolver £ 406.624 (o equivalente a mais de R$ 3 milhões) ao NHS, o sistema público de saúde britânico. Caso não cumpra a ordem, poderá enfrentar mais dois anos e meio de prisão.

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Alemi atuou como psiquiatra por 22 anos em diversas regiões do Reino Unido, mesmo sem possuir diploma de medicina. Ela falsificou documentos da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e enganou o Conselho Médico Geral britânico, obtendo registro profissional sem precisar passar pelas avaliações exigidas de médicos estrangeiros. Na realidade, ela nunca concluiu sequer o primeiro ano da graduação.

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Durante esse período, Alemi atendeu centenas de pacientes, prescrevendo medicamentos, determinando internações e até mesmo realizando procedimentos invasivos como a terapia eletroconvulsiva — tudo sem qualificação médica.

Além das práticas médicas ilegais, Alemi também cometeu diversos crimes financeiros. O caso mais notório foi o de uma idosa de 87 anos, cujo testamento foi modificado pela falsa psiquiatra na tentativa de ficar com uma herança de £ 1,3 milhão (cerca de R$ 6,7 milhões). Ela teria se aproximado da paciente com o objetivo de conquistar sua confiança durante as sessões de “terapia”.

Segundo Adrian Foster, promotor do Crown Prosecution Service, Alemi colocou em risco a vida de inúmeros pacientes e fraudou o erário público ao receber salários e benefícios médicos superiores a £ 1 milhão (R$ 9 milhões).

“Ela tinha pouca consideração pelo bem-estar dos pacientes. Fraudou o sistema público e usou qualificações médicas falsas para se beneficiar pessoalmente”, disse Foster.

A falsa médica foi condenada a sete anos de prisão em fevereiro de 2023, após ser considerada culpada por 13 acusações de fraude, além de crimes como falsificação de documentos e uso indevido de títulos profissionais. Ela passou a ser investigada mais profundamente a partir de 2018, após tentar falsificar o testamento de uma paciente em Cumbria.

Zholia Alemi nasceu no Irã, mas viveu na Nova Zelândia no início da década de 1990. Desde então, trabalhou “quase continuamente” para o NHS e também para prestadores de saúde privados em diferentes regiões do Reino Unido, até que suas mentiras vieram à tona.

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