O médico Luiz Antonio Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram presos preventivamente nesta terça-feira (6), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, sob suspeita de envolvimento na morte por envenenamento da professora Larissa Rodrigues, de 37 anos. A vítima era esposa do médico.
De acordo com a Polícia Civil, o laudo toxicológico confirmou que Larissa morreu em decorrência da ingestão de "chumbinho", substância altamente tóxica usada como raticida e proibida para uso doméstico. O corpo da professora foi encontrado pelo próprio marido, já em rigidez cadavérica, na manhã do dia 22 de março, no apartamento do casal, localizado no bairro Jardim Botânico, zona sul da cidade.
O delegado Fernando Bravo, responsável pela investigação, afirmou em coletiva de imprensa que a postura do médico diante da morte da esposa levantou suspeitas. Segundo ele, Luiz Antonio tentou limpar o local antes da chegada da perícia, o que foi interpretado como tentativa de ocultar provas.
As investigações também apontaram contradições nos depoimentos e indícios de premeditação. Uma testemunha relatou que, cerca de 15 dias antes da morte, a mãe do médico teria procurado por “chumbinho” para comprar. Além disso, Elizabete havia afirmado inicialmente que esteve com Larissa na véspera do óbito, mas a polícia descobriu que o encontro não aconteceu.
Amigos e familiares de Larissa estranharam a morte repentina, já que a professora estava com a saúde em dia, o que levou a polícia a aprofundar as investigações.
Diante das evidências, a Justiça concedeu os mandados de prisão preventiva para Luiz Antonio Garnica e Elizabete Arrabaça. Telefones celulares foram apreendidos e serão analisados para tentar esclarecer a motivação do crime.