AM: sete cidades estão em situação de emergência por cheias de rios

Sete cidades do Amazonas estão oficialmente em situação de emergência devido à cheia dos rios Madeira, Jurua e Purus, fenômeno que já afeta quase 190 mil pessoas no Amazonas. Há problemas também no estado de Rondônia.

Os municípios de Apuí, Humaitá, Manicoré, Guajará, Ipixuna, Benjamin Constant e Boca do Acre enfrentam transtornos causados pela elevação rápida dos rios.

Em Humaitá, o rio Madeira atingiu 23,91 metros. Já a cota de transbordamento em Manicoré chegou a 27 metros - menos de 2 metros abaixo da histórica cheia de 2014.

A situação é agravada pela previsão de chuvas intensas nas próximas 24 horas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com acumulados que podem chegar a 100 milímetros.

O risco de alagamento e deslizamentos permanece alto, especialmente nas áreas urbanas próximas aos rios. De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, além das cidades em emergência, outras 19 estão em estado de alerta.

A presença constante das chuvas ao longo do mês de abril deve manter os níveis dos rios elevados, principalmente na bacia do Madeira.

Em Apuí, no sul do estado, a cheia histórica isolou completamente o município desde o fim de março. Após a inundação de um trecho de 20 km da BR-230, a Transamazônica. A cidade enfrenta desabastecimento de alimentos, combustíveis e medicamentos.

Com aproximadamente 70 mil pessoas afetadas, incluindo moradores de Manicoré e Humaitá, empresários têm contratado balsas para levar mantimentos, enquanto o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) prometeu iniciar o transporte fluvial gratuito, ainda sem data definida.

A prefeitura de Apuí decretou emergência e solicitou apoio federal para a reconstrução da rodovia.

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