O ex-presidente Jair Bolsonaro está em processo de recuperação após uma cirurgia abdominal realizada no último domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento foi necessário para corrigir complicações decorrentes de intervenções anteriores e, segundo o próprio Bolsonaro, foi a mais invasiva desde o atentado que sofreu durante a campanha presidencial de 2018.
Nesta terça-feira (15), imagens divulgadas pela equipe médica mostraram o ex-presidente caminhando pelos corredores da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), acompanhado por profissionais de saúde. A movimentação faz parte do protocolo de recuperação e tem como objetivo evitar complicações pulmonares e estimular a circulação sanguínea.
O procedimento, que durou cerca de 12 horas, teve como foco principal a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — que surgem comumente após múltiplas cirurgias e podem provocar obstruções e dores abdominais. Além disso, a equipe médica liderada pelo Dr. Cláudio Birolin realizou a reconstrução da parede abdominal, medida fundamental para restaurar a integridade da região comprometida.
De acordo com o boletim médico, o quadro clínico de Bolsonaro é estável, sem sinais de dor ou complicações adicionais até o momento.
Durante o processo de recuperação, o ex-presidente está sendo submetido a fisioterapia motora e respiratória. As sessões envolvem exercícios de respiração e deambulação — pequenas caminhadas monitoradas — fundamentais para uma recuperação segura.
Por orientação da equipe médica, as visitas estão restritas apenas a familiares próximos e profissionais da saúde. Em nota divulgada nas redes sociais, Bolsonaro explicou que a medida visa garantir um ambiente de tranquilidade e evitar riscos associados ao pós-operatório.
“Agradeço, com muito carinho, aos amigos que estão respeitando esse momento delicado, compreendendo que, por orientação médica, apenas familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto. Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia”, escreveu.
O ex-presidente também destacou a importância das primeiras 48 horas após o procedimento, considerando esse período como crítico para a avaliação da recuperação e prevenção de complicações.